Assista o trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=Gj7PqvY-t6g
Cassieldante
Human (Humano, uma viagem pela vida, na tradução ao português) é dirigido pelo fotógrafo e ativista ambiental Yann Arthus-Bertrand. Teve um lançamento prévio na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2015, o que já faz dele um filme interessante. Mas isso é apenas um detalhe, porque na verdade, mas que interessante, este documentário é necessário.
Ele é uma obra de arte que depurou o melhor das mas de 2000 entrevistas que fez o diretor em 63 países, a diferente tipo de pessoas: refugiados, indígenas, africanos, camponeses, um condenado à pena de morte, e até o grande Mujica aparece. Pessoas de diferentes idades, de diferentes condições sociais, culturais; todas elas falando de uma maneira honesta y profunda sobre o amor, a felicidade, suas experiências de vida. Estes depoimentos estão capturados em um clous up onde o espectador se vê encarado, olho no olho, e alma na alma, por todas estas pessoas.
O filme é realmente um soco no estomago. Com a simplicidade e honestidade de estas pessoas é impossível não ter uma catarse e refletir como os humanos esquecemos o verdadeiro sentido da vida, da felicidade; como na procura do dinheiro, do banal e supérfluo, perdemos o valor das simples coisas, que são as realmente essenciais, como afirmam alguns dos entrevistados: o sol, a chuva, ter uma casa onde se proteger, uma cama decente onde dormir, comida todos os dias, eletricidade, as pessoas amadas…
Todos estes depoimentos viscerais se complementam tanto na estética visual, como no conteúdo filosófico, ontológico, com as incríveis imagens que apresenta. Elas nos conduzem ao mais belo do nosso mundo: as aves migratórias vistas desde o espaço, o mar com tempestade, desertos, montanha, cataratas, etc.; como também ao mais sinistro e perverso: os enormes lixões que existem e a terrível economia que existe ao seu redor, por exemplo. O filme é de uma poesia visual comovedora.
Digo que é um filme necessário porque nestes momentos de ódios infundados, de brigas políticas, de manipulação midiática, de consumo irracional, de violência global, ele nos revela quão absurdas e vergonhosas são todas estás coisas às quais o ser humano dedica a maior parte do seu tempo e energia; porém, também nos revela que não tudo está perdido, que o amor, a alegria e a vida se resistem contra a morte, e que é nisso que devemos investir, trabalhar e perseverar.